Adeus, Chester | Edimar Silva
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Adeus, Chester

Chester Bennington foi a voz de várias almas que não conseguiam se expressar. Foi através das canções, dos gritos, da suavidade de sua voz que nossos sentimentos ecoavam em meio a guitarras, samples e cada variedade de som que o Linkin Park nos proporcionou ao longo dos anos. 

Não há palavras para expressar sua significância na vida de seus fãs, eu incluso. Assim como não existe meio de dizer o tamanho da perda, o tamanho do vazio que ficará. 

Haverá, e já há, gente que irá julgar. Que irá menosprezar a decisão dele. É natural, visto que empatia não é uma qualidade comum na atualidade. No fundo, nem mesmo quem passa por coisas horríveis na vida e tem o mesmo desejo, poderia explicar e, obviamente, entender a motivação que culminou na decisão dele.

Existem dores que não podem ser expressas. Tentativas são feitas e, por muito tempo, são elas que mantêm uma ligação da vida com o mundo. Mas chega um momento em que tentar se expressar não é o bastante. Em que palavras não são suficientes. A escuridão interior parece tomar conta e nenhuma luz consegue erradicá-la ou, ao menos, diminuí-la. É como se o coração gritasse de dor, como se cada anoitecer trouxesse um vazio e expusesse todos os demônios que querem tomar conta da alma. 

Nada parece ser forte para combater esse vazio. Isto que digo é em relação a mim e sei que muitas pessoas sentem o mesmo e, talvez, Chester também sentisse. Não é hora de julgar. Nunca é hora de julgar. Ninguém pode entender o que não sente, mesmo que seja exposto através de palavras, desenhos, arte, música, poesia.

Este poema escrevi pensando nessa situação. Não espero que alguém entenda o que existe por trás de cada verso, mas não peco por não tentar. Esse vazio também há em mim.




Você Nunca Entenderá
                                                                         Edimar Silva

Cada amanhecer traz a sensação
De já ter vivido esse dia
Pois, dentro do peito, o coração
Flutua em tristeza e agonia

"Mas você não tem sonhos?"
Eu gostaria de dizer que sim:
Derrotar todos os demônios
Que gritam aqui dentro de mim

Sozinho em minha mente batalho
Mas não sou forte o suficiente
À noite eu percebo que falho
E o amanhã não será diferente

São anos travando esta guerra
Sem poder ter o que preciso
A árdua luta nunca se encerra
E no rosto um falso sorriso

Pra fazer parecer tudo normal
Pra fingir que tudo está bem
Escondendo esta ferida mortal
Que aos poucos torna-me ninguém

No fim do dia, um questionamento:
Foi um dia a menos ou um a mais?
Foi outro dia de sofrimento
Buscando, em vão, pela paz

Anseio em criar a coragem
De por fim neste martírio
Cansei desta vida-miragem
Que acabe este delírio




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