Qual o gosto da verdade?
Um gosto amargo, na maioria das vezes. Muitas pessoas têm medo de experimentá-la. Talvez até a conheçam, já tenham visto de relance ou até provado. Mas preferem manter distância. A verdade é suave como uma folha de papel... Principalmente quando corta entre seus dedos.
Vivemos num mundo de verdades não ditas. Onde a mentira ( ou inverdade, como queira) se propaga de maneira avassaladora. É mais fácil assim. É mais fácil a autoenganação do que a a dor da realidade. É claro que ainda existem pessoas que a aceitam, que são de verdade.
Este mundo está cheio de pessoas vazias. E vaziez não se preenche com mentiras.
As redes sociais expandem nosso universo a níveis nunca antes imaginados. Vemos pessoas numa tela que talvez jamais veríamos no mundo real. Queremos aquilo que vemos, mas ignoramos o fato de que essas pessoas, muitas vezes, estão apenas tentando provar a quem elas não conhecem que elas são interessantes.
Sorrisos falsos e filtros de fotos.
Já não conhecemos as pessoas como se conhecia antigamente. Não há mais a pureza na amizade. Aquele companheirismo fiel. Resumimos nossa existência em curtidas, likes e coraçõezinhos em status mentirosos, para demonstrar que nos importamos.
Quem se importa com essa surrealidade? Quem liga para essas inverdades distribuídas a esmo?
Vivemos num mundo de inverdades.
Experimentamos todos os dias as sensações de bem-estar e tristeza. Natural. Expomos nossos pensamentos para gente que não dá a mínima para o que pensamos.
As palavras perderam o sentido. O significado.
É mais vantajoso expor curvas e músculos. É mais gratificante as centenas de curtidas.
Mas é tudo mentira.
Aviso que não estou generalizando as pessoas.
Mas qualquer ser em sã consciência verá que estamos cercados de humanos feitos de plástico.
Corações de plástico. Sentimentos de isopor.
Flores de plástico não murcham.
E pessoas de plástico?
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